Segunda, 03 de Setembro 2012                                
                            
                        Para Felix Fischer, óbices recursais devem ser urgentemente reativados
                        
                        Estar sempre atento às mudanças sociais e econômicas,  para melhor reconhecer os anseios dos jurisdicionados e, principalmente, para  ter a tranquilidade de trabalhar na missão de velar pela segurança e paz  jurídicas. Essa é a preocupação do novo presidente do Superior Tribunal de  Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, empossado no cargo na tarde desta  sexta-feira (31). 
Em cerimônia que contou com a presença da presidenta  da República, Dilma Rousseff; do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),  ministro Ayres Britto; do presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney;  do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia; do procurador-geral  da República, Roberto Gurgel, e de muitas outras autoridades, o ministro Fischer  destacou o importante papel que cada integrante da Corte oferece à Justiça  brasileira. 
“Tribunal de envergadura nacional, é aqui no Superior  Tribunal de Justiça onde se congregam, de maneira harmoniosa, as carreiras da  Justiça comum, do Ministério Público e da advocacia, na básica, mas nem sempre  fácil, tarefa de uniformizar a interpretação da legislação federal  infraconstitucional. Cada membro integrante oferece características singulares,  a par da preparação técnica, que vão formar o conjunto de matizes que dá feição  democrática e pluralista ao Tribunal da Cidadania”, ressaltou Fischer.  
Creditando qualquer vitória ao conjunto, o ministro Felix Fischer  afirmou sentir-se honrado de estar à frente do STJ quando da celebração dos 25  anos de sua criação e instalação. Segundo ele, as “bodas de prata” do Tribunal  com a sociedade brasileira descortina um horizonte de desafios. 
“Nós, do  Superior Tribunal de Justiça, devemos ter a iniciativa de buscar alterações  legislativas que afastem de vez a imagem errônea de que esta Casa seja uma  ‘terceira instância’ recursal. Tribunal Superior não é tribunal de apelação! As  missões são distintas. A função constitucional do STJ está voltada,  principalmente, quando provocado, para a padronização da jurisprudência  infraconstitucional”, alertou o novo presidente. 
Segundo Fischer, as  desejadas limitações recursais não são fruto de arrogância, mas, sim, de  posicionamento alinhado ao pacto federativo. “Na verdade, entender dessa  maneira, além de tudo, proporciona uma justa valorização das árduas atividades  desenvolvidas em primeiro e segundo graus, instâncias soberanas na definição das  questões de fato e também sempre zelosas em relação às questões de direito.”,  acrescentou. 
O novo presidente destacou, ainda, outro desafio a ser  enfrentado pela nova administração: o de propiciar condições para que os  ministros do STJ possam estar concentrados basicamente naquela tarefa maior de  bem julgar as mais relevantes questões federais. 
Da mesma forma, Fischer  disse que espera dar condições aos servidores do Tribunal para que possam,  sempre com orgulho, trabalhar motivadamente e felizes. “Para tanto, tenho a  certeza de contar com o conselho seguro do eminente ministro Gilson Dipp,  estimado e polivalente vice-presidente”, afirmou. 
Leia 
aqui a  íntegra do discurso do ministro Felix Fischer.
Fotos:
A  presidenta Dilma Rousseff ingressa no plenário acompanhada pelo ministro Ari  Pargendler, presidente do STJ no biênio 2010-2012. O  ministro Felix Fischer assina o termo de posse e se torna o 15º presidente do  STJ.  Ari  Pargendler e Felix Fischer se cumprimentam na passagem do cargo. Na mesa, o  senador José Sarney e o deputado Marco Maia. O  ministro Gilson Dipp presta compromisso ao assumir a vice-presidência do  Tribunal.Gilson  Dipp, novo vice-presidente do STJ, recebe os cumprimentos do procurador geral da  República, Roberto Gurgel. Na  mesa de honra, da esquerda para a direita: procurador geral Roberto  Gurgel, ministro Ayres Britto, presidenta Dilma Rousseff, ministro Ari  Pargendler, senador José Sarney e deputado Marco Maia. Já  empossado, Felix Fischer ocupa seu lugar na mesa de honra, entre o ministro  Ayres Britto e a presidenta Dilma Rousseff, o senador Sarney e o deputado Marco  Maia.Leia também:
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